quinta-feira, 31 de março de 2011

Ozzy Osbourne e o Grêmio...!


Ozzy Osbourne realizou um show de uma hora e meia no Gigantinho na noite desta quarta-feira. Apresentação relativamente curta, mas intensa, graças ao carisma à toda prova do ex-vocalista do Black Sabbath — carisma esse que permitiu ao "Príncipe das Trevas" abrir o espetáculo enrolado em uma bandeira gremista em pleno Gigantinho -  ao lado do Estádio no qual o Inter jogava uma partida pela Libertadores - sem ser vaiado. Da bandeira tricolor, jogada ao palco por alguém na plateia, Ozzy logo passou para a obrigatória bandeira do Rio Grande do Sul, levantando o público por inteiro. Nem a tradicionalmente sofrível acústica do Gigantinho foi capaz de estragar a primeira apresentação do Príncipe das Trevas em solo gaúcho.
Inglês que é, Ozzy subiu ao palco pontualmente às 21h – a pontualidade foi uma das marcas da noite. Também o show de abertura do grupo local Gunport começou rigorosamente no horário, com um rock competente que, se não agradou a uns poucos mais impacientes pelo show principal, serviu para aquecer o público com dignidade.

Quando Ozzy subiu ao palco, os presentes reagiram prontamente aos gritos de "go fucking crazy" ("fiquem doidões", numa tradução comportada) do cantor, que batia palmas e mantinha os olhos vidrados em algum ponto desconhecido do horizonte. Era visível que os anos de excessos cobraram seu preço no corpo de Ozzy, mas deixaram intactos sua voz, carisma e espírito rock'n'roll. Não houve momento, na hora e meia de espetáculo, que ele deixou de puxar palmas, esticar notas, jogar água ou espuma em si e na plateia e dar lá seus pulinhos.
Ozzy deu início ao show com Bark at the Moon, faixa-título de seu terceiro álbum solo, de 1983. Emendou com Let Me Hear You Scream, do álbum mais recente e, sem parar, com uma vitalidade insuspeita para quem o vê com a voz trêmula nas entrevistas, continuou logo na sequência, sem pausas ou intervalos, com clássicos de sua carreira, como Fairies Wear Boots, do segundo disco da banda Black Sabbath, Paranoid; eSuicide Solution, faixa do álbum de estreia solo de Ozzy,Blizzard Of Ozz (1980), dedicada ao vocalista do AC/DC, Bon Scott. Coincidência ou não, AC/DC era a banda que tocava no sistema de som do Gigantinho pouco antes do início da apresentação de Ozzy.
O show é parte da turnê de divulgação de Scream, álbum mais recente do cantor, mas o repertório executado com brilho pela banda fiel e precisa era composto praticamente por clássicos da carreira solo de Ozzy (Mr. Crowley, Shot in the Dark, Crazy Train) e de sua época no Black Sabbath — o disco Paranoid(1970) fio tocado quase na íntegra, com Iron Man, Rat Salad, War Pigs e o hino Paranoid, responsável por fechar a celebração.
Na parte final, uma bandeira do Inter foi igualmente jogada, mas acabou ignorada pelo cantor, que se mantinha concentrado no repertório. Simpatizantes de ambos os times chegaram a ensaiar gritos de guerra, mas sucumbiram diante do clamor de Ozzy para ficarem doidões e deixaram, por um momento, as diferenças de lado para abraçar o (sempre) bom e (quase nem dá pra perceber) velho heavy metal.



Fonte e imagens: Clic RBS e Globo.com

terça-feira, 29 de março de 2011

Os prejuízos da enxurrada 2...



São Lourenço do Sul - RS: ruas destruídas e pilhas de móveis inutilizados, amontoados em frente às casas...

Fotos: Ruy J. Duarte

segunda-feira, 28 de março de 2011

Os prejuízos da enxurrada...


Tristes imagens de automóveis atingidos pela água da enxurrada que devastou a cidade de São Lourenço do Sul - RS.

Fotos: Ruy J. Duarte

Os meus agradecimentos ao amigo Ruy!

DILÚVIO EM SÃO LOURENÇO DO SUL ERA IMPREVISÍVEL!

De acordo com medições de agricultores, feitas em pluviômetros nas suas propriedades, choveu entre 300 e 500 milímetros em oito horas. Trata-se de um volume absurdo, se as medições estiverem corretas, afinal não existe estação meteorológica na área. Considerem que o maior acumulado em 24 horas (estamos falando de 24 horas e não 8 horas) em toda a primeira metade do século XX no Rio Grande do Sul foi de 310 milímetros em São Luiz Gonzaga em 21 de junho de 1920. Um acumulado de 500 milímetros corresponde a dois terços da chuva em Porto Alegre em abril e maio de 1941 no total dois meses, quando da grande enchente. É quase o dobro que caiu na região Serrana do Rio, agora em janeiro, em 24 horas. É um extremo ilógico e absurdo que foge à lógica de uma previsão, por mais que ela seja pessimista.
 

Nenhum meteorologista, com um mínimo de bom senso ou responsabilidade, faria um prognóstico de chuva de 500 milímetros sem um dado sequer que respaldasse a previsão. E jamais se viu um modelo numérico, tecnologia mais avançada no planeta para projeção de chuva, indicar 500 milímetros de chuva em tão-somente oito horas para uma área aqui no Brasil. Jamais. Para a tarde e noite de quarta-feira de Cinzas, o modelo americano GFS indicava não mais que 30 milímetros para aquela área. Numa saída, na véspera, o modelo rodado pelo Centro Europeu chegou a sugerir chuva forte, mas dentro dos parâmetros comuns de 50 a 75 milímetros. Outra tese que correu a mídia é que existissem modelos de maior resolução (fala-se muito no novo modelo do INPE) e se poderia prever a chuva extrema de São Lourenço. Pois, o modelo de grande resolução do Inmet (7km) não indicava tampouco chuva forte para a área.


O evento que levou à tragédia de São Lourenço, ademais, foi incrivelmente isolado. Na área urbana do município, somente veio a chover forte quando tudo já estava inundando, na manhã da quinta. O dilúvio se deu no interior do município. Tratou-se assim de uma ocorrência de microescala. Como é um tornado. Não se é capaz de dizer onde um tornado vai se formar exatamente. Nos Estados Unidos, onde tecnologia ou sofisticação não é problema, conforme um levantamento recente, alertas de tornados, acabam virando um "alarme falso" em 75% das vezes.

O argumento que a tecnologia de radar poderia antecipar com antecedência o episódio de São Lourenço é falacioso, já que o radar, tal como ocorre com fotos de satélites, apenas mostra condição momentânea. Não indica quanto choverá em seis ou doze horas a frente numa área. Rede de superfície, com medições de volumes de chuva em tempo real, se por um lado em nada auxiliaria para prever que ocorreria uma chuva extrema, por outro poderia registrar a precipitação extrema e permitir informar que enorme volume de água rumava pelo Rio São Lourenço para a cidade.

Vamos supor que tivéssemos dez radares no Rio Grande do Sul e uma estação automática a cada quilômetro no Estado na mais completa rede do mundo. O meteorologista, que está no centro de operações em Porto Alegre, enxergaria o dado assustador de chuva no interior de São Lourenço do Sul. E o que faria para alertar toda a população de forma imediata nas zonas urbana e rural, Prefeitura, Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Rodoviária, Brigada Militar, concessionárias de rodovias, etc, no meio da madrugada ? Morreria gente igual porque não temos um sistema de comunicação de emergência de massa e que possa levar informação de forma instantânea. Nem em muitas cidades do Corredor dos Tornados dos Estados Unidos há sirenes.


O que ocorreu em São Lourenço do Sul foi convecção (ar quente e úmido) associada a uma área de baixa pressão que formou uma nuvem muito carregada isolada que despejou grande volume de chuva de forma extremamente localizada, muito similar ao que se deu no interior de Dois Irmãos, na tragédia do Sítio da Fazenda Lima. Esta área de baixa, no dia seguinte (10/3) evoluiu, no entendimento da MetSul Meteorologia, para um ciclone. O efeito de orografia, como sugerido por alguns, em nossa avaliação, é da mesma forma desprezível e comparações que chegaram a ser feitas com o caso de Blumenau em 2009 absurdas. As elevações do terreno na região sequer se comparam às existentes no Leste catarinense. Ademais, tivesse sido orografia fator para a chuva preponderante para a chuva extrema, como se explicaria que Rio Grande, em planície e cercada de terreno plano por todos os lados, registrou 200 milímetros no dia 10.
 


A imagem de radar mostrava nitidamente a rotação e a banda principal de instabilidade associada ao sistema. Imerso o centro de baixa fechado em superfície numa massa de ar quente com suporte em altura de uma baixa fechada em níveis médios (centro frio), o que se tinha era um ciclone subtropical que rapidamente se dissipou no dia 11 à medida que avançou para o Sul e perdeu o suporte em altura. Nenhum modelo global ou regional, na véspera ou nos dias que antecederam o desastre em São Lourenço indicava ciclone, o que é raro de ocorrer, uma vez que tais sistemas de escala sinótica, em regra, costumam ser antecipados por modelagem numérica. Houvesse o indicativo pelos modelos da formação de um ciclone subtropical e se poderia sim se especular de evento extremo de chuva, já que o histórico deste tipo de sistema mostra tais ocorrências na mesma região (janeiro de 2009 e novembro de 2010). Interessante é que a instabilidade chegou a apresentar contornos de um sistema de nuvem vírgula invertida, mas nossa análise final não mostrou ter sede esta a causa da instabilidade extrema.


Enfim, o que é crucial ficar de lição deste episódio é que a despeito de todos notáveis avanços e da capacidade de se antecipar fenômenos com antecedência importante, algumas ocorrências, sobretudo de microescala (bastante isoladas) ainda seguem no terreno da imprevisibilidade na Meteorologia. Na Geologia, então, a previsão de sismos é um enorme desafio. É o imponderável da natureza. Nem a Sismologia nem a Meteorologia conseguem ter todas as respostas e satisfazer todos os anseios da sociedade, mesmo envidando os melhores esforços.




Fonte: MetSul Meteorologia


Adaptação: MeteoMont



O presente post foi retirado do blog MeteoMont http://meteomont.blogspot.com/

Os meus agradecimentos ao amigo Daimar Korndörfer Coelho!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Continua a campanha de ajuda às vítimas da enchente em São Lourenço do Sul...



A cidade de São Lourenço do Sul foi atingida pela pior enchente de sua história. A enchente na cidade de 43 mil habitantes que fica a 191 km de Porto Alegre, causou prejuízos e deixou bairros inteiros cobertos de lama. A inundação formada pela forte chuva no arroio São Lourenço, riacho que corta a cidade, arrancou árvores e invadiu as casas de pelo menos 15 mil pessoas.

A Superintendência da Polícia Rodoviária Federal e o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no RS (SINPRF/RS), estão arrecadando doações para ajudar as vítimas da enchente.

As doações podem ser realizadas em qualquer posto da PRF no estado do RS, bem como na sede do SINPRF/RS e na sede da 9ª SRPRF.

O que doar: preferencialmente água mineral, produtos de higiene pessoal (escova e pasta de dente, absorvente, fralda…) e de limpeza (rodo, vassoura, desinfetante, detergente, sabão em pó…) roupas de cama, mesa e banho e colchonetes, além de alimentos não-perecíveis (arroz, café, feijão, óleo, sal...)

Onde doar: Em qualquer Posto da PRF no estado do RS.
 
Fonte: Jornal Agora

quarta-feira, 23 de março de 2011

Grêmio arrecada doações para entregar em São Lourenço do Sul...

torcida grêmio estádio olímpico (Foto: Eduardo Cecconi / Globoesporte.com)

Os torcedores que vão ao Estádio Olímpico apoiar o Grêmio a partir das 19h30m desta quinta-feira, contra o Inter-SM pelo Campeonato Gaúcho, podem ajudar os moradores de São Lourenço do Sul.

O clube vai arrecadar doações de alimentos não-perecíveis, roupas, água potável, e produtos de higiene e limpeza, destinados aos atingidos pelos efeitos da forte chuva na cidade da zona sul do estado.

Aproximadamente 15 mil pessoas foram prejudicadas pela enchente, que provocou oito mortes e prejuízos estimados em R$ 400 milhões. As doações podem ser entregues na Central de Relacionamento do Olímpico ou em diversos pontos de recolhimento espalhados pelo estádio no dia do confronto com o Inter-SM.

No domingo a equipe tricolor visita o Pelotas, também pelo Campeonato Gaúcho. São Lourenço do Sul é vizinha a Pelotas, com acesso pela mesma rodovia BR-116 que liga Porto Alegre àquela região do estado. Antes de chegar a Pelotas, a delegação tricolor para em São Lourenço do Sul para fazer a entrega das doações realizadas pelos gremistas nesta noite de quinta-feira.

Os ingressos para o confronto com o Inter-SM estão à venda por R$ 50 (cadeira central), R$ 40 (cadeira lateral) e R$ 30 (arquibancada).


Fonte: Globo.com

terça-feira, 22 de março de 2011

Novas informações sobre a enxurrada de São Lourenço do Sul do blog MeteoMont...

Nas andanças pela Web, descobri um blog muito bom sobre o assunto Meteorologia. Trata-se do
" MeteoMont" do Daimar Korndörfer Coelho, de Montenegro - RS.
Nos links abaixo, encontram-se outras informações bem completas sobre a enxurrada que devastou São Lourenço do Sul. Ao Daimar, os meus agradecimentos!


Situação de catástrofe em São Lourenço do Sul - Tempo real...


http://meteomont.blogspot.com/2011/03/situacao-de-catastrofe-em-sao-lourenco.html



Dilúvio em São Lourenço do Sul era imprevisivel...


http://meteomont.blogspot.com/2011/03/diluvio-em-sao-lourenco-do-sul-era.html


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A área atingida...


Em vermelho, a área da cidade de São Lourenço do Sul - RS atingida pela enxurrada no último dia 10 de março...


Fonte: Google

segunda-feira, 21 de março de 2011

São Lourenço do Sul volta às aulas após tragédia...

São Lourenço do Sul volta às aulas após tragédia thumbnail

As aulas para os cerca de 1,5 mil estudantes das redes pública e privada de ensino de São Lourenço do Sul foram retomadas nesta segunda-feira, dia 21, após mais de dez dias de paralisação em virtude da cheia do rio São Lourenço.
O coordenador da regional da Defesa Civil em Pelotas, capitão Márcio André Facin, disse que “a vida está, aos poucos, sendo retomada na cidade”. Já foram entregues 400 toneladas de donativos aos moradores. Facin explica que, nos próximos dias, são esperadas doações de óleo de cozinha, biscoitos e café. Ressaltou que “os produtos são necessários para terminar de montar as cestas básicas, mas as pessoas ainda precisam de feijão, arroz e farinha de trigo”, conta.
Nesse fim de semana, depois de uma reunião entre autoridades locais, foram solicitados à Defesa Civil Estadual mais colchões, alimentos e roupas. Quatro caminhões lotados de móveis e eletrodomésticos arrecadados em Pelotas já foram enviados para a região. Ainda há 23 pessoas desabrigadas.
São Lourenço do Sul decretou calamidade pública por causa das chuvas. Os prejuízos com o transbordamento do rio foram estimados em R$ 400 milhões. Estão sendo esperados R$ 10 milhões em recursos do Ministério da Integração Nacional.

Informações de Correio do Povo
FOTO: reprodução / Eduardo Seidl-Palácio Piratini

Rede estadual reinicia as aulas em São Lourenço do Sul...

São Lourenço do Sul - A 5ª Coordenadoria Regional de Educação de Pelotas (CRE) informa que os alunos da rede estadual de ensino do município de São Lourenço do Sul, reiniciaram às aulas nesta segunda-feira (21). O calendário escolar precisou ser readequado em função da enxurrada que atingiu a região.

Das três instituições estaduais, duas foram atingidas, sendo que a Escola Estadual de Ensino Fundamental Monsenhor Gautsh foi totalmente danificada, com perda total dos equipamentos e com a necessidade de uma ampla reforma para poder voltar às atividades. Segundo o coordenador da 5ª CRE, Círio Almeida, os 221 alunos da escola foram recolocados nas outras duas escolas da rede, até que o prédio da Monsenhor Gautsh esteja apto para receber novamente os alunos.

Durante esta semana, a Secretaria de Obras, Irrigação e Mobilidade Urbana (SOP) vai realizar um levantamento das necessidades de reestruturação na infraestrutura e o orçamento para a recuperação do prédio. Após, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) vai autorizar o início das obras de recuperação emergencialmente.


Fonte: Jornal Diário de Canoas

domingo, 20 de março de 2011

COPEL TELECOM 40 ANOS



Dos 40 anos da Copel Telecom, ter vivido 34 deles não tem preço! É puro orgulho!

As enchentes e a mídia...

Com a mídia nacional dando ênfase a outros fatos, como o desastre no Japão e a visita do presidente Obama ao Brasil, o drama das cidades atingidas e destruídas pelas chuvas e as dificuldades de suas populações, já não ocupa as manchetes dos noticiários. Espero que não sejam esquecidas!

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sábado, 19 de março de 2011

A cobertura da catástrofe...

Tenho recebido vários e-mails de lourencianos que vivem em outros estados do país, falando da satisfação de poderem obter mais informações sobre a tragédia ocorrida na nossa terra, através do meu blog! Fico feliz em, de alguma forma, estar colaborando! Um abraço a todos! 


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Caixa abre contas para vítimas de catástrofe no Rio Grande do Sul...



A Caixa Econômica Federal anuncia a abertura de contas-correntes, para recebimento de depósitos em auxílio às vítimas de catástrofes naturais, ocorridas nas últimas semanas no Rio Grande do Sul.

Os depósitos, em auxílio às vítimas das enchentes que atingiram o município de São Lourenço do Sul (RS), podem ser feitos na conta aberta em nome da Prefeitura Municipal. Os donativos arrecadados serão exclusivos para a compra de alimentos, material de limpeza e roupa de cama para a população atingida.

Os depósitos podem ser efetuados em qualquer agência da CAIXA, casas lotéricas e correspondentes bancários, bem como por transferência pela internet.
Doações Rio Grande do Sul:
Agência: 512
Operação: 006
Conta: 269-3

Fonte: Jornal Zero Hora - Porto Alegre

sexta-feira, 18 de março de 2011

Vacinação é intensificada em São Lourenço do Sul...


Um mutirão de vacinação foi deflagrado em São Lourenço do Sul para diminuir os riscos de contaminação com doenças como tétano e hepatite B. Desde a enxurrada que devastou o município na semana passada, mais de 11 mil moradores já foram imunizados. A meta é chegar a 15 mil.

A campanha iniciou no sábado, quando 500 pessoas receberam doses que estavam estocadas no município. O restante das vacinas foi encaminhado pela Secretaria Estadual de Saúde.

O atendimento começou no posto de saúde central — único que estava funcionando após os estragos — e nos abrigos. Com a reabertura dos outros postos, as vacinas estão disponíveis em todas as unidades de saúde. Agentes foram para as ruas e, de porta em porta, vacinam os moradores, já que a procura pelos postos ainda é pequena, em função da limpeza das residências.

— A nossa orientação é de que as pessoas procurem os postos de saúde ou as equipes nas ruas, para buscarem orientação sobre os seus casos, saber se já tomaram ou não as vacinas e quais as faixas etárias indicadas. Observando estes fatores, as pessoas poderão ser imunizadas — explica Arilson da Silva Cardoso, secretário de Saúde de São Lourenço do Sul. A vacinação segue por tempo indeterminado.

Cuidados com a água e campanhas de conscientização também são realizadas

Nas ruas de São Lourenço do Sul, carros de som alertam para cuidados durante a limpeza das residências, como o uso de luvas e botas, prevenindo o risco de contaminação e evitando possíveis picadas de insetos e animais peçonhentos. Panfletos também estão sendo entregues.

A água também recebe atenção especial, com a distribuição de hipoclorito de sódio, substância utilizada para a desinfecção do líquido.

Equipes também estão fiscalizando bares e supermercados, para evitar a comercialização de alimentos contaminados pela água.

Fonte e imagem: Jornal Zero Hora - Porto Alegre

Moradores tentam retomar suas vidas uma semana depois da enxurrada em São Lourenço do Sul...


A cada dia, o amontoado de objetos que até uma semana atrás eram móveis, roupas e outros pertences cresce à frente das casas em São Lourenço do Sul. Enquanto as calçadas e ruas da cidade do sul do Estado ficam repletas de entulhos, o vazio ocupa moradias atingidas pela enxurrada.

Resultado de uma grande quantidade de chuva sobre a região no dia 9, a enxurrada atingiu cerca de 20 mil pessoas e causou a morte de sete, entre elas um menino de 12 anos. Durante a madrugada daquele dia, muitos moradores procuraram abrigo no telhado de suas casas após a água invadir as residências.

Com o olhar atônito, Zaíra Maria da Silva observa o que restou. O lodo ainda faz parte do cenário, assim como a marca na parede indicando até onde a água alcançou. Como as janelas e portas estão quebradas, Zaíra não se sente segura para permanecer em casa.

— Nunca esperava uma coisa dessas — repete baixinho, enquanto anda pela residência.

Fonte e imagem: Jornal Zero Hora - Porto Alegre

quinta-feira, 17 de março de 2011

As causas da enxurrada em São Lourenço do Sul...

Muitas pessoas, inclusive eu, olham para os estragos acontecidos na cidade e não acreditam no que vêem...
Clique no link abaixo e, com uma animação do jornal Zero Hora de Porto Alegre, veja o que aconteceu.


http://www.clicrbs.com.br/zerohora/swf/especial_enxurradas_br116/index.html



Fonte: Jornal Zero Hora - Porto Alegre

Após chuvas, governo dá 4% do que São Lourenço do Sul precisa...



Ministério da Integração Nacional diz que vai liberar até R$ 15 milhões para cidade gaúcha, que estima perdas de R$ 400 milhões...

Após sobrevoar São Lourenço do Sul e se reunir com as autoridades locais, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou nesta quarta o repasse de, no máximo, R$ 15 milhões para a recuperação do município gaúcho, atingido por uma enchente no dia 9. O valor equivale a cerca de 4% do valor estimado para os prejuízos na cidade, que ainda deve receber recursos de outras fontes, como o governo do Rio Grande do Sul.
A chuva afetou cerca de 60% do território do município, localizado às margens da Lagoa dos Patos, a 200 quilômetros de Porto Alegre, depois que o nível do rio São Lourenço se elevou em até três metros em poucas horas. Foram registradas oito mortes em decorrência da enchente.

Um relatório entregue pela prefeitura ao ministro avalia em R$ 165 milhões os prejuízos na infraestrutura pública. Contando os danos em propriedades privadas, a estimativa é de que o valor chegue a R$ 400 milhões, equivalente a um Produto Interno Bruto (PIB) do município. Cerca de 15 mil pessoas foram afetadas de alguma forma com a inundação.
Os recursos do ministério da Integração Nacional são destinados somente a cobrir perdas em infraestrutura, como ruas, redes de água e esgoto, energia, telefonia, escolas e postos de saúde. O repasse deve ocorrer nos próximos 10 dias, depois da análise do relatório e a homologação do decreto de calamidade pública.
"Estamos fazendo uma avaliação conjunta dos danos e acredito que até esta sexta teremos cumprido todas as formalidades legais para a definição e liberação dos valores, na próxima semana", afirmou o ministro. O governo estadual já havia anunciado a abertura de uma linha de crédito no Banrisul, no valor de R$ 50 milhões, para pessoas físicas e microempresários.
Além da recuperação da cidade, outro tema pendente após a enxurrada diz respeito à liberação da BR 116, que liga Porto Alegre ao porto de Rio Grande e é importante via de escoamento da produção gaúcha. Nesta quarta, a concessionária Ecosul informou que prosseguem os trabalhos de recuperação na cabeceira da ponte sobre um arroio no km 477. O tráfego está em meia pista no local.

Fonte: