domingo, 24 de agosto de 2008

E a chama se apagou...

Dezesseis dias depois, muito suor e um número maior de lágrimas derramadas, terminaram hoje as Olimpíadas de Pequim. Recordes olímpicos e mundiais foram pulverizados, alguns atletas foram transformados em super heróis à custa de músculos, braçadas, saltos e golpes. Os chineses não deixaram nada a desejar nas cerimônias de abertura e encerramento, iluminando os céus de Pequim com toneladas de fogos de artifício e apresentações artísticas de deixar o mundo de boca aberta pela beleza e precisão. Assim, inicia-se nova contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Londres, onde mais uma vez, poderemos ver os atletas expoentes da raça humana duelarem em busca dos novos limites do homem para que assim, se escreva mais uma página na história.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A chuva

Desde pequeno, eu me admiro com a chuva. Lembro que eu ficava vendo pelos vidros da janela, cada pingo que caía. Na minha mente infantil, eu sempre imaginava personagens e heróis durante um dia de chuva. Na minha fantasia, eu vislumbrava cavaleiros heróicos atravessando planícies debaixo da chuva com seus escudos e espadas reluzentes. Via caravanas de mercadores, abarrotadas de mercadorias, em viagem no meio da tormenta. Me colocava em aventuras na selva, enfrentando perigos, durante uma tempestade tropical. Ao ir para a escola, munido de uma capa de chuva e botas de borracha, eu ia feliz. Nos dias quentes de verão, o banho de chuva era inevitável. Passar correndo nas poças d’água era uma festa! As “peladas” de futebol nas ruas de terra enlameadas da cidade do interior também me marcaram positivamente a infância e a vida. Hoje, nos preocupamos com o aquecimento global, o derretimento das geleiras, a seca, a umidade relativa do ar muito baixa, etc. Vemos também a chuva derrubar encostas, soterrando casas e vidas, devido a ocupações muitas vezes irregulares dos terrenos. Temos notícias de poluição, fumaça, gases na atmosfera e chuvas ácidas. O mundo mudou! Mas, apesar de tudo isso, quando percebo que o céu está escurecendo, ouço os primeiros trovões ao longe e vejo os primeiros pingos de chuva caindo, uma alegria ainda me invade. O cheiro da terra molhada me remete instantaneamente ao passado, tempo em que a felicidade se resumia a ser criança e amigo da chuva.

domingo, 10 de agosto de 2008

Os Jogos Olímpicos

Um segundo, um centímetro, um ponto, uma braçada, uma passada a mais, um golpe, um salto, uma queda, gotas de suor, um sorriso, lágrimas, são fatores significativos para a conquista de um recorde mundial ou para um frustrante fracasso. É com variáveis como essas, que centenas dos melhores atletas do mundo estarão lidando nos próximos dias na terra dos simpáticos pandas gigantes, a China. São os maiores Jogos Olímpicos da história moderna. Representantes de super potências, de nações pobres, de países tropicais, das terras do frio leste europeu, do mundo inteiro, estão correndo, saltando, lutando, jogando, nadando, competindo pela glória de ostentar no peito uma medalha olímpica. Lutam para serem os melhores do planeta em suas modalidades, insuperáveis em suas especialidades. A vontade de vencer, a garra, o esforço, as glórias e até as decepções desses atletas são acompanhados de perto e abençoados pelo espírito olímpico, nesse congraçamento dos povos através do esporte. Um mundo, um sonho!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

08/08/08

Dia oito de agosto de 2008! A data de hoje foi escolhida pelos chineses para a abertura da 26a edição dos Jogos Olímpicos da era moderna, em Pequim. Para o povo chinês, o número 8 significa prosperidade. Entre muitos significados também atribuídos ao número 8, está o número de direções no espaço (Norte, Sul, Leste, Oeste, Nordeste, Noroeste, Sudeste e Sudoeste). É também o símbolo do infinito. Para os chineses, inventores da bússola, do papel e da pólvora, a data de hoje significa, então, sorte e prosperidade infinitas. Tomemos hoje, uma destas direções em nossas vidas e esperemos que também sejamos brindados com um pouco dessa sorte.

domingo, 3 de agosto de 2008

Silicone ou um clone de si?

O que somos hoje? No que estamos nos transformando? Apenas em corpos “sarados”? Arremedos de seres realmente humanos? Hoje, somos criaturas de cabelos implantados, de pálpebras levantadas, de seios siliconados, de rugas esticadas. Mas, e o interno? Como estamos por dentro? Como anda o íntimo? Quais os valores realmente importantes da vida ainda estamos cultivando? Amizade, solidariedade, honestidade, senso de justiça? Ou somos apenas os brincos, as tatuagens e os piercings? Não deveríamos estar preocupados um pouco mais em ser e não em parecer? Nada contra a beleza física, a plástica e o belo, mas passar por esta vida sem deixar um eco para ser ouvido por quem vem depois, é muito triste.