quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mesmo assim...

Se você não sabe cantar, fale a letra da canção. Mas, se deixe embalar. Se não souber dançar, arraste os pés ao som da música. Ser levado pelo movimento dos passos, pode te deixar mais leve. Se não souber recitar, leia as frases que compõem a poesia. Isso pode aliviar a sua alma. Se não tiver fôlego ou forças para correr, caminhe. Mas, faça o possível para se manter em movimento. Se não estiver preparado para tirar a nota máxima naquela prova, faça-a assim mesmo. Receba a nota que expresse o seu merecimento ou conhecimento e siga em frente. Se não souber como levar a vida, viva assim mesmo. Insista! Alguém depende disso ou, por alguma razão, espera que você exista...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A Era de Aquário

Segundo astrônomos, astrólogos, cientistas e PhDs de várias partes do mundo em seus estudos, inicia-se hoje, a Era de Aquário. Segundo eles, ao amanhecer do dia 14 de fevereiro de 2009, o dia dedicado a Saint Valentine, o santo padroeiro do amor, a Lua em Libra entra na sétima casa, a casa dos relacionamentos. Júpiter e Marte se alinham em Aquário na décima segunda casa da transformação espiritual. O Universo traz este alinhamento perfeito para dar sustentação a uma manifestação coletiva de amor, paz e ao início da Era de Aquário. Há quarenta anos a letra intuitiva de uma canção chamada Aquarius, trouxe o início de uma nova era para a consciência coletiva.
Ela dizia:

When the Moon is in the seventh house
and Jupiter aligns with Mars
Then peace will guide the planets
and love will steer the stars
This is the dawning of the age of Aquarius

(Quando a Lua estiver na sétima casa
e Jupiter estiver alinhado com Marte
então a paz conduzirá os planetas
e o amor orientará as estrelas
este é o início da Era de Aquário)

Segundo os estudiosos, inicia-se hoje uma era de fraternidade universal, onde será possível solucionar os problemas sociais de maneira igual para todos e com grandiosas oportunidades para o desenvolvimento intelectual e espiritual. Explicam eles que Aquario é um signo aéreo, científico, intelectual e o seu planeta regente, Urano, é associado com a intuição (conhecimento acima da razão) e com as percepções diretas do coração. No nível mundano, este planeta rege a eletricidade e a tecnologia. Eu não sou um estudioso do assunto, mas espero que estas pessoas estejam certas e que a partir de hoje, inicie-se uma nova era. Uma era onde o entendimento e a paz entre os diversos povos, etnias, credos religiosos, ideologias políticas e raças possa ser real e verdadeiro. Tomara seja hoje, o início de um novo tempo para a humanidade e para esse mundo onde vivemos. Que assim seja!

* Pesquisa no Google

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ô, vidão!

É algo inerente do ser humano se queixar de quase tudo. Se chove, reclamamos da molhadeira, da umidade, dos calçados encharcados e do guarda chuva pingando água pelo chão da sala. Se faz calor, reclamamos do sol forte, da falta de sombra para descansar, da transpiração e do desodorante vencido. Se no trabalho se apresenta algum problema mais sério e que não consideramos responsabilidade nossa, nós esbravejamos antes de resolvê-lo. Também é assim quando o dinheiro está curto, quando o nosso time perde ou quando a gripe nos ataca um pouco mais forte. Eu também sou assim. Quase todos agem assim. Mas, será que se nós fizéssemos um esforço para gostar da nossa vida como ela é, para enfrentar as situações tais como elas se apresentam, não seria melhor? Não viveríamos mais felizes? O nosso fardo não seria mais leve? Muitas vezes, as crianças nos dão um belo exemplo de aceitação, alegria e confiança na vida que valeria a pena ser seguido ou, no mínimo, observado. É como diz o meu sobrinho Gustavo, de cinco anos de idade, ao se ver sentado no tapete da sala, rodeado de brinquedos:
“Ô vidão!”
E a nossa vida, na maior parte do tempo, não é um vidão?

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Quase perfeito...

Aquela era uma cidade onde tudo acontecia de maneira ordenada e irretocável. Mesmo nos dias de sol, a população levava consigo um guarda chuvas. Afinal, a qualquer instante poderia chover. E, o que aconteceria se as roupas molhassem? Quando as babás levavam as crianças para brincar no parque, carregavam sempre uma outra roupa branquinha para trocar no pimpolho, após as brincadeiras. O que as pessoas falariam ao ver uma criança com as roupas sujas? Nas empresas, os funcionários estavam sempre dispostos a mudar de atitude ou de comportamento para combinar com o humor mostrado pelo gerente, naquele dia. O que o chefe poderia pensar de cada um, se as opiniões divergissem ou se aquela risada fosse considerada inadequada? Nas ruas, as pessoas evitavam falar ou rir muito alto para não perturbar o sossego de quem mais andasse por ali. Durante o outono, mal as folhas caíam no chão e imediatamente eram recolhidas pelos garis, atentos e rápidos. Tudo era correto e funcionava de uma forma automaticamente perfeita. Mas, estranhamente, a população era triste. A falta de sorrisos nos rostos era visível. Aquela perfeição era insuportavelmente chata! Existia uma ânsia aprisionada de tomar um banho de chuva. Nos íntimos, fervilhava uma vontade de jogar bola na praça, até ficar exausto. Que vontade de jogar um papel de bala no chão...!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Janelas

A composição é comprida, mas mesmo assim, nada! No passar das janelas da vida, tenho tentado te encontrar. Mas, ou ela passa muito rápido ou é você que anda se escondendo. Corro para mudar de janela. Algumas, encontro ainda escuras pelo amanhecer da existência. Outras, já anoitecendo, pelo tempo passado e perdido. Mesmo nas mais claras e iluminadas, como a de ontem ou a de hoje, você também não está. Ou são as minhas lentes, já fracas, que não captam a tua imagem ou já é a sombra do desespero que a tudo encobre. Continuarei tentando nas próximas janelas, a de amanhã e a de depois, encontrar algum vestígio teu. Ou, ao menos, o teu perfume ainda no ar. Não se esconda mais! O comboio da vida é longo, mas um dia as janelas acabam e nos batemos de frente com o seu final. Se tivermos sorte, estaremos em alguma estação. Caso contrário, terminaremos perdidos em algum lugar, entre os trilhos simetricamente longos e frios.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Motivos

Ficamos procurando consolo, as respostas e os motivos dos nossos atos em cada nota musical. A cada som que chega aos ouvidos, procuro um alento, uma desculpa, um perdão. Mas, ao contrário do que diz a música, as pessoas são outras, são duras, são diferentes. Nas mentes, não há lugar para preocupações, dúvidas, interrogação. A solução é fechar os olhos. A saída é tentar chamar a atenção. O consolo é ser notado. O destino já traçado, desenhado nas linhas da mão. Talvez na escuridão da falta do olhar possa estar o alento. Na imensidão da falta de amar está o castigo. No silêncio da noite se encontra o desespero. Sobre cada um o pecado, bem acima de todos, o perdão. Não deixe a música parar. Que antes pare o coração.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

51

Cincoenta e um anos...!

Na memória...

O menino nasceu e passou a infância às margens da grande lagoa. Junto com a mãe e os irmãos passava as tardes na praia, nos quentes dias de verão. Iam municiados de um tarro de alumínio cheio de limonada gelada e guloseimas como pastéis, cucas e outros salgados e doces. Era uma festa sair da água com os dedos enrugados e encontrar o olhar carinhoso da mãe, uma toalha quente e aquele lanche delicioso. Era uma festa também para os amigos e primos que se encontrassem por perto. Após o lanche revigorante, novos mergulhos e jogos de futebol na areia. No final da tarde chegava o pai para dar umas braçadas com os filhos e voltar com todos para casa. Também passava as suas horas no meio da plantação de arroz da família. As águas, sempre elas, que banhavam o arroz irrigado durante todo o período de plantio também eram motivo de festa. Espantar os pássaros que se aproximavam dos pés de arroz verdinho e pular entre as marachas na lavoura lhe traziam alegria. Os campos de futebol cobertos de cascas de arroz construídos no quintal de casa com as traves feitas de bambu foram testemunhas de muitos “rachas” de bola. As lutas de espadas feitas com sarrafos e ripas do galpão de casa sempre acabavam em paz. Os passeios escondidos no cavalo do vizinho, dono do engenho de arroz, eram uma aventura e um segredo guardado a sete chaves. Os dias chuvosos em que saía protegido pela capa de chuva com capuz, feita de uma grossa lã azul marinho se transformavam também em uma jornada de aventura. Era como se estivesse atravessando geleiras ou andando em uma cidade fantasma sob um intenso temporal. A imaginação corria solta. Os seus vários cachorros na infância, entre eles tendo destaque o Lobo sempre foram companheiros de brincadeiras. O leite tirado direto das vacas e bebido com vontade e as uvas colhidas direto no parreiral de casa sempre foram apreciados. Os banhos de chuva nas ruas de terra e as brincadeiras de Tarzan nas árvores, eram sinônimos de tardes cheias de emoção. Eu já era feliz mas ainda não sabia.