sábado, 27 de dezembro de 2008
Fute o que?
Existe uma terra longínqua, onde o povo cultiva estranhos hábitos. Entre eles, se destaca um. Por alguma influência que não se sabe de onde veio e inspirados em uns poucos compatriotas que obtiveram sucesso na vida jogando com uma bola um esporte chamado futebol, a grande maioria desse povo, nas horas vagas, pratica este esporte. Ou, pelo menos, tenta praticar. São crianças, adolescentes, jovens e adultos dispostos entre quatro linhas, divididos em duas equipes, correndo atrás de uma bola. Entre esse grande número de praticantes, às vezes, sobressai-se um que vai se juntar ao seleto grupo de milionárias estrelas do estranho esporte. Mas, na maioria das vezes, o que realmente se vê são barrigudos senhores saindo do campo de jogo e indo diretamente aos hospitais, cuidar das lesões sofridas durante a competição. São torções, fraturas e contusões que se acumulam nas fichas corridas dos pacientes. Apesar das caretas de dor e das promessas de parar, quinze ou vinte dias depois, lá estão eles dentro das quatro linhas novamente. Que estranha magia terá essa bola e por que tanta euforia é sentida ao conseguir coloca-la dentro do retângulo de paus guarnecido por redes, chamado de gol? Acho que para saber, deve-se correr, transpirar, tentar, insistir e, se possível, colocar a bola dentro das redes. Aí, é só esperar pela sensação que haverá de vir. Só assim será possível compreender o estranho hábito desse esquisito, alegre e irreverente povo. Qualquer semelhança com algo conhecido terá sido alguma coincidência?
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