sábado, 13 de dezembro de 2008
Eu não sou eu!
Depois de muito tempo enganado, finalmente percebi! Eu não sou eu! Por estranho que possa parecer, foi a essa conclusão que cheguei. Eu sempre me considerei um bom cidadão, um bom pai, um bom namorado, um bom marido, enfim, um exemplo. Pensei ter virtudes e ser alguém para ser observado e, quem sabe, imitado. Hoje, olhando para trás, percebo que não é bem assim. Sempre trabalhei muito para prover o sustento de todos em casa, mas, e o resto? Terei sido um pai que dialogou sempre que os filhos tiveram alguma dúvida em relação à vida? Propus-me a “discutir a relação” sempre que havia algum motivo para uma conversa mais séria com a mulher que estava ao meu lado? No trabalho, será que sempre tive atenção com os colegas que traziam problemas ou simplesmente queriam conversar? Será que sempre tentei ser cortês no trânsito, com os outros motoristas que nem sempre dirigiram da maneira mais adequada? Ou essa maneira era adequada e eu não percebi? A minha cota de paciência terá sido suficiente para que eu convivesse bem com todos? Acho que a maior parte dessas respostas é não. Não sei se esta reflexão é causada pela chegada do final de mais um ano, mas ela está acontecendo. Mesmo achando a princípio estranho, acho que ela é boa, pois permite ver aquilo que realmente fomos, somos, e quem sabe, melhorar aquilo que podemos vir a ser. Ou, pode ser apenas mais um daqueles estranhos balanços mentais de final de ano que costumamos fazer, que resultam em promessas de mudança que jamais serão cumpridas. Sei lá!
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