sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Pensamentos desencontrados de uma fria noite de verão
Já são duas horas da manhã e nem por isso tenho sono. O novo ano se iniciou e ainda não trouxe novidades. Sempre esperamos que o novo ano seja melhor que o anterior, mas repetitivamente vemos que quase nada muda a não ser a idade com a qual terminamos cada um desses novos períodos de doze meses. Mas, como já esperar novidades se o ano começou a menos de vinte e quatro horas? O vento uiva lá fora como um lobo faminto. Apesar de ser uma noite de verão, precisei recorrer a um cobertor. Aliás, parece que nem o clima do planeta é mais o mesmo. Ele se manifesta como quer e nos impõe noites frias no verão e invernos mais amenos do que os que estávamos acostumados. A continuar assim, o que será deste mundo em que vivemos? Mudanças climáticas, crises econômicas mundiais, furacões, enchentes e coisas do gênero nos assolam cada vez com mais intensidade e em menores intervalos de tempo. O que uma noite de insônia faz com um homem... Ele até pensa nos problemas do planeta e da humanidade. Quem sabe estas horas na madrugada não se tornam boas conselheiras e apresentam boas idéias e soluções para alguma coisa? O silêncio é ensurdecedor e provoca eco na minha mente. Consigo até ouvir o som das palavras pensadas! É uma pena que meus dedos no teclado não acompanhem a velocidade dos pensamentos. É uma pena! São pensamentos que chegam, fazem eco e saem tão rápidos como chegaram. Não sei se isso é bom. Aliás, também notei que não consigo verbalizar em palavras as coisas de maneira tão rápida como elas chegam à minha cabeça. Isso será grave? Mais uma vez, a resposta é um sonoro e estridente “não sei!” Será que já estou sonhando? Mas como, se ainda nem dormi? Eu já devo estar pensando bobagens. Ainda bem que ninguém escuta pensamentos. Acho que estou salvo! O maior perigo que corro é de alguém ler essas linhas que estou escrevendo. Não! Quem iria ler isso? Ainda bem! Afinal, não sei se a essa hora eu ainda domino os pensamentos ou são eles que me dão as ordens. Bem, acho que vou tentar dormir. Já chega de pensar bobagens! E, ainda tenho trezentos e sessenta e quatro dias desse novo ano pela frente. Tomara que eu possa dormir mais e pensar menos. O resultado pode ser bem melhor tanto para mim quanto para a humanidade. Isso, se a humanidade desse alguma importância aos pensamentos insones de qualquer um. Quanta pretensão! Realmente, é melhor tentar dormir!
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