quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pó...

Neste lugar,
repousam restos...
Neste solo,
jazem despojos...
Quem?
Nobre,
já sem ventura...
Pobre,
livre da penúria...
Diferente vida,
mesmo destino,
diferente sorte,
mesma sina,
idêntico fim,
mesma morte...


07/02/2007
16h 15min

* Do livro "Poesia em tempo de guerra"

terça-feira, 29 de junho de 2010

São Pedro...

Pedro,
Apóstolo,
Porteiro,
Pedra,
Pescador,
Primeiro...


29/06/2010
21h 42min

* Em muitos lugares do Brasil, o dia de São Pedro, 29 de junho, também é comemorado com fogueira e fogos, a exemplo de São João.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ossos no armário

É tão difícil
Ficar livre do passado
Como é se livrar
De um esqueleto oculto dentro do armário
Ao se tentar
Ao se mexer
Ao se pensar
Os ossos se espalham
Caem pelo chão
Assim como o ressentimento, a dor e a decepção
Em um contínuo processo
De desmancho e decomposição
A culpa é de quem?
A falha é de quem?
Nossa, por ter permitido o esqueleto em nossas vidas?
Do próprio esqueleto por ser tão intrometido?
Ou é do armário
Por ser tão pequeno
E incapaz de esconder os ossos, as mágoas e a desilusão?

11/04/2007
14h 21min

* Do livro "Poesia em tempo de guerra"

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Motivos...

Ficamos procurando consolo, as respostas e os motivos dos nossos atos em cada nota musical. A cada som que chega aos ouvidos, procuro um alento, uma desculpa, um perdão. Mas, ao contrário do que diz a música, as pessoas são outras, são duras, são diferentes. Nas mentes, não há lugar para preocupações, dúvidas, interrogação. A solução é fechar os olhos. A saída é tentar chamar a atenção. O consolo é ser notado. O destino já traçado, desenhado nas linhas da mão. Talvez na escuridão da falta do olhar possa estar o alento. Na imensidão da falta de amar está o castigo. No silêncio da noite se encontra o desespero. Sobre cada um o pecado, bem acima de todos, o perdão. Não deixe a música parar. Que antes pare o coração...

02/02/2009
02h 39min




terça-feira, 22 de junho de 2010

Adeus...!

Mais uma dose e uma razão, por favor...


22/06/2010
19h 21min



Tratores de corrida?




Se você está acostumado(a) a ver apenas tratores trabalhando nos campos e lavouras, lentos e fazendo serviços pesados, é hora de mudar o conceito. Veja estes exemplares, verdadeiros "Fórmula 1" das pistas de asfalto e de terra. Já são comuns, principalmente nas cidades com vocação agrícola, corridas e "arrancadões" com essas máquinas.   



segunda-feira, 21 de junho de 2010

Juízo quase final (ao olhar para o mundo)...


Fogo eterno...
Aos maus de coração,
aos que deveriam fazer-nos chegar à luz
e apenas semeiam escuridão...


21/06/2010
20h 40min





Inverno...


Primeiro amanhecer de inverno na cidade...


Frio,
sopa,
brasa,
fogueira,
agasalho,
abraço,
pinhão,
cobertor,
vinho,
lareira...



21/06/2010
12h 21min



* O inverno começou hoje, 21/06/2010, às 08h 28min...




sábado, 19 de junho de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O reverso da conversa...

Verso:
falas doce,
carinhosa,
te ouço,
me calo,
sorrio,
tom de prosa...



Reverso:
desconverso,
fecho os olhos,
respiro,
medito,
te respondo,
tom de verso...



quarta-feira, 16 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Brasil Futebol Clube...

Sei que muitos não irão concordar comigo! Mas, vamos lá... Acho que a liberdade e a democracia permitem emitir opiniões. De quatro em quatro anos, por alguns períodos de noventa minutos, o nosso país modifica os seus hábitos. Os motoristas deixam de ser truculentos no trânsito, uma vez que param os seus carros. Os ladrões param de roubar, uma vez que desviam sua atenção para outra coisa. Os políticos deixam a esperteza um pouco de lado e tentam agir inocentemente como os seus eleitores, que esquecem a miséria e pulam, gritam e riem mais que o normal. Nesses períodos de tempo, os ânimos se acalmam, as tensões diminuem, os ódios amenizam e as diferenças são adiadas, pelo menos até o apito final do árbitro. Estes períodos, são as partidas disputadas pela nossa seleção nacional de futebol. As ruas, as casas, os carros e os escritórios são inteiramente enfeitados em verde e amarelo. Quando é marcado um gol pelo nosso “selecionado canarinho”, desconhecidos se abraçam, riem, gritam e comemoram, como se fossem íntimos. Se o resultado da partida é uma vitória, por algumas horas a alegria é geral e, de norte a sul, se espalha por casas, ruas e praças. Se for uma derrota, as lágrimas e o desapontamento dão o tom ao ambiente, demonstrados em abraços emocionados e melancólicos em alguém que você nunca viu. Mas, assim que o resultado é assimilado, as coisas voltam ao normal. O sentimento de união, de amizade entre estranhos e o patriotismo anteriormente mostrados, desaparecem. Então, a guerra desenfreada e a disputa insana recomeça. Torcedor xinga e abalroa torcedor no trânsito, ladrões voltam a arrombar casas de parceiros de comemoração, políticos retornam suas atenções para a mais nova maneira de levar vantagem e o povo retoma a rotina de muito trabalho, pouco dinheiro e contas atrasadas. É a “pátria de chuteiras” que, por algumas horas a cada quatro anos, une verdadeiramente um povo completamente alienado e desunido.
O pior, é que não conseguimos desgrudar os olhos da televisão. Ao hexa, Brasil!



* * * * *



domingo, 13 de junho de 2010

Previsão do tempo...


Trabalhei por quatro anos, entre 1996 e 2000, na implantação do Simepar - Sistema Meteorológico do Paraná. Este é o órgão que faz as previsões do tempo e o acompanhamento do clima no estado do Paraná. Participei da implantação das primeiras 69 estações meteorológicas via satélite espalhadas pelos quatro cantos do estado. A imagem abaixo é o resultado das medições das temperaturas máximas (uma das variáveis medidas) observadas no dia de hoje, feitas por estas e pelas demais estações, posteriormente instaladas.




Imagem: Simepar

* Caso exista proibição da reprodução da imagem, a mesma será imediatamente retirada.

Os últimos alfaitaes

Uma das atividades que eu sempre admirei foi a confecção de roupas. Lembro bem da minha mãe, sentada na sua máquina de costura Singer, fazendo as nossas calças e camisas, em casa! As costureiras e os alfaiates sempre tiveram um papel importante na sociedade. Desde as roupas mais simples, para serem usadas no dia-a-dia até os mais sofisticados e belos vestidos de baile e os ternos mais sóbrios, elegantes e tradicionais sempre foram confeccionados por estes valorosos profissionais. Após a incontrolável industrialização do mundo moderno, esses profissionais foram, aos poucos, desaparecendo. Hoje, são poucos os que se dedicam profissionalmente a vestirem os outros e, de um pedaço de tecido, fazer a mágica de sair uma calça, uma camisa, um vestido ou um terno!
O jornal Gazeta do Povo de hoje, dedica uma reportagem a esses valorosos profissionais no link http://www.gazetadopovo.com.br/viverbem/conteudo.phtml?tl=1&id=1013178&tit=Os-ultimos-Alfaiates

As fotos deste post também são da Gazeta do Povo, de autoria de Aniele Nascimento.





Estas fotos reacendem em minha mente, antigas imagens. A velha Singer, os pequenos carretéis de metal e o "giz" triangular branco usado para riscar os tecidos, são lembranças muito queridas. Pena que sejam de um passado cada vez mais distante. Infelizmente...!



quarta-feira, 9 de junho de 2010

Hein?

*

Saio, às pressas, da terapia... Me vejo em pé, na rua, ainda sem saber para onde ir e nem o que havia feito lá...


*

terça-feira, 8 de junho de 2010

Madeira de lei...


Em outros tempos, assoalhos, portas e rodapés eram feitos da melhor madeira, retirada de nossas matas... A imagem retrata bem a robustez e a beleza, até os dias de hoje. 

*

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Previsão...


Chuva de letras, a cada livro aberto... Tempo bom!



Cativo...

Ainda ouço o som
Da tua voz
A me sussurrar...
Impropérios,
Versos,
Despautérios...
E teus braços
Decididos
A me agarrar...
Sem querer
Que eu caia
De ti...
Sem deixar
Que eu saia
Do teu ter...
Sem deixar
Que eu não ouça
O teu falar...
Sem deixar
Que eu perca
O teu galopar...
Sem deixar
Que eu queira
Só um pouco
Bancar
Um pouco o louco
E decidir
Não te ter...

*