Ao acordar hoje, no dia da Independência, lembrei da minha infância no Rio Grande do Sul. Naquela época, o Sete de Setembro era algo quase que sagrado. O desfile dos alunos de todos os colégios, fossem públicos ou particulares, era obrigatório. Nossos pais faziam uniformes novos para nós, de gala, especialmente para o desfile cívico. E, embora fôssemos crianças, levávamos a sério! Afinal, pais, mães e toda a população da cidade estavam nas ruas nos observando. Marchávamos, em ritmo quase militar, sem errar o passo. No colégio onde eu estudava, o “Nossa Senhora Estrela do Mar” ou “colégio das irmãs”, o uniforme era branco. Incluía até um “casquete” na cabeça. Era uma espécie de boina militar, que usávamos com o maior orgulho. Eu, depois de maior, já passei a tocar na banda do colégio, o que era ainda melhor, pois assim éramos mais vistos e, quem sabe até observados com alguma atenção pelas meninas. Percebo que, nos dias de hoje, os desfiles da Semana da Pátria já não tem tanta importância e nem causam qualquer reação de satisfação nas crianças. Geralmente, o desfile é feito por obrigação e de cara feia. É o mundo que está mudando, as crianças já não estão recebendo noções de civismo ou eu é que parei no tempo?
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2 comentários:
Perdemos algumas coisas importantes ao longo das tantas transformações... Parece que hoje, amor à pátria é motivo de vergonha...Bons tempos, os que se foram... Abraços
As marchas só ocorriam por imposição do governo militar, acabou a ditadura, acabou o sacrifício. Eu nem sabia o que tava fazendo ali, assim como muitos. Um abraço.
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