É tão difícil
Ficar livre do passado
Como é se livrar
De um esqueleto oculto dentro do armário
Ao se tentar
Ao se mexer
Ao se pensar
Os ossos se espalham
Caem pelo chão
Assim como o ressentimento, a dor e a decepção
Em um contínuo processo
De desmancho e decomposição
A culpa é de quem?
A falha é de quem?
Nossa, por ter permitido o esqueleto em nossas vidas?
Do próprio esqueleto por ser tão intrometido?
Ou é do armário
Por ser tão pequeno
E incapaz de esconder os ossos, as mágoas e a desilusão?
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