Há anos eu lembrava de um festival de rock intitulado "Lourenstock" (uma clara alusão e homenagem ao grande e histórico "Woodstock"), acontecido em minha cidade natal, São Lourenço do Sul - RS no início dos anos 70 (1971 para ser exato). As informações, porém, eram poucas e quase ninguém lembrava ou tinha dados concretos deste episódio da história do rock sul riograndense. A roda da tempo gira e, com o auxílio da Internet, acabei por ter contato com o Jones e o Cláudio Machado, integrantes da banda " Casca da Laranja", vencedora do referido festival, que contaram nesse blog a sua versão da história do "Lourenstock", versão esta vista de cima do palco, entre os acordes musicais e a adrenalina que é se apresentar em público fazendo o que se gosta, que é tocar rock. Pois bem, tenho aqui, hoje, o depoimento de alguém que, além de estar entre os organizadores do festival, escolheu o seu nome! Trata-se de Jorge Lourenço Rocha, hoje um conceituado psicoterapeuta radicado em Florianópolis, a bela ilha capital do estado de Santa Catarina. Passo a descrever a seguir, o depoimento escrito do Jorge:
“E então Jefferson, aí vai o que talvez seja o primeiro capitulo da História do 1º Festival de Bandas de Rock de São Lourenço do Sul, O Lourenstock. Eram 6 amigos, amantes e desesperados por Rock, por Musica. Tínhamos um sonho. Montar uma Banda tipo Santana, ou algo parecido. Como sempre o Burro começa por ele mesmo. Eu, Jorge Lourenço Rocha, não tocava nenhum instrumento, gostava de cantar, não sei se cantava bem, mas, gritava bastante, e isto nos parecia fundamental para Banda. Além disso, era intelectual, principalmente, depois do terceiro ou quarto "baseado", tinha idéias brilhantes, o que me rendeu o apelido de Cabeça, e além disso, era um Trator, quando colocava uma coisa na cabeça, ela acontecia, mesmo que tivesse que atropelar o mundo. Gustavo (Tatau), Percussionista, em sonho e na vontade, o máximo que tocava, eram algumas latas, onde batucava, enquanto ouvíamos os velhos LPs de Rock em uma Vitrola portátil, ou em um gravador de fita cassete, assim como eu, Tatau também gostava de elocubrar grandes idéias e projetos, animado pela erva maldita. Jorginho ( Jorge Correa), grande musico, fazia o que queria com uma viola, se fosse de 12 cordas então, era loucura, o cara era dos melhores, além disso cantava bem. Como tudo tem que ter seu contrapeso, Jorginho era careta, nem fumávamos na frente dele, para nós, amantes da erva, um louco de cara, figura mais do que necessária na Banda. Jaubo, um monstro, tocava qualquer instrumento, oriundo de uma família de músicos, ele respirava musica. Quando tinha-se que fazer algo musicalmente sério, quem dava o caminho era ele. Assim como Jorginho, louco de cara. As vezes me parecia que estava chapado, mas nunca usei drogas com ele. Shade ou Xade, grande violonista, introspectivo, meio deprê as vezes, mas grande intelectual, assim como eu e Tatau, escrevia bem, e fumava um baseado maneiro, eu diria, que era um cara enigmático. Irineu (Neuginho), outro musico fantástico, assim como Jaubo, tocava vários instrumentos, mas como era Gaiteiro, o Rock não era muito a praia dele, ficava entre a MPB, Nativista, Regionalista e Gospel (na época, musica religiosa mesmo). Também era caretão, mas bebia como um Camelo, na realidade eu bebia junto (também). Este grupo de amigos, se reunia, para beber, fumar maconha, falar de musica, cantar, tocar, e fazer os projetos da montagem da Banda de Rock, que nunca saiu do mundo das idéias. Participamos de alguns festivais da canção, e nossa conversa favorita era Woodstock, o festival dos festivais. Sem dúvida, quando a "chapação" era grande, as idéias delirantes flutuavam em torno de se fazer algo parecido. Afinal, éramos, ou pensavamos ser, parecidos com os caras que organizaram Woodstock com a cara e a coragem. O tempo passou e o sonho continuou. Já no segundo grau, antigo científico, na Escola Integrada de Segundo Grau de São Lourenço do Sul, da turma toda, sobramos eu, Jorginho, Tatau e Irineu. Sendo que eu era o presidente do Centro Cívico Tiradentes, uma espécie de Grêmio Estudantil, que servia aos moldes da Ditadura. A professora Verinha, era nossa Conselheira, o que era ótimo, acho que ela não usava nenhuma droga, mas tava sempre na nossa pilha, tinhamos o apoio dela para fazer qualquer evento, e ela pegava junto, tava lá para o que desse e viesse. Não existem mais professores como ela nos tempos de hoje. Um exemplo para a Galera de hoje. Foi nesta pilha, que de papo em papo, a idéia do Festival evoluiu, e em uma "reunião"( queimação de fumo), no meu quarto, eu e Tatau resolvemos convencer o Jorginho a definitivamente comprar a idéia do Festival, e eu falei para o Tatau. Bicho, prá isso ser como deve ser, temos que chamar de LOURENSTOCK. Quem sabe a galera dos EUA não houvem falar e resolvem vir também. Dá para imaginar a esta altura, quantos baseados eu ja tinha fumado? O pior de tudo, é que Tatau, topou, e não precisou mais do que 5 min. para o Jorginho comprar a idéia, e a incorporou tanto, que ele foi figura fundamental em tudo. Toda a parte que envolvia os contatos com bandas, escolha de juri, e outros detalhes no que diz respeito as Bandas, ficou por conta dele. Nos reunimos muitas vezes, traçamos alguns planos, e fomos falar com a Professora Verinha. depois conto o resto. Se desejares, colocar tudo no Blog, fica a vontade.“ (sic)
"Esta galera que está aí, foi quem meteu a mão na massa para organizar o LOURENSTOCK, Turma da Escola Integrada de 2º Grau de são Lourenço do Sul. Acho que a foto foi em 1970 ou 71. O de calça Jeans e Casaco do Exercito Americano, devidamente usado por alguém na Guerra do Vietnam, adquirido em lojas especializadas nestas tralhas, na época chamadas( as Lojas) de Lixo. E o outro com o cabelo também meio Black é o Jorginho Correa." (sic)
Enfim, a história que já tinha um corpo, está começando a ter um rosto. Este é, sem dúvidas, mais um pedaço dos acontecimentos que fizeram surgir o "Lourenstock", festival que, definitivamente, marcou positivamente um grupo de jovens de uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul. Jovens esses, que ousaram fazer rock em plena ditadura militar, que a tudo cerceava no Brasil daquela época.
Alegria foi constatar hoje, que o meu filho com 20 anos de idade acorda diariamente com “Here comes the sun” dos Beatles tocada no celular. O tempo passa, mas a música deles é eterna...!
A 16 de Maio de 1966... O mundo conhece uma obra-prima: o disco “Pet Sounds” dos "Beach Boys"...!
Lyrics
Wouldn't It Be Nice?
Wouldn't it be nice if we were older
Then we wouldn't have to wait so long
And wouldn't it be nice to live together
In the kind of world where we belong
You know it's gonna make it that much better
When we can say goodnight and stay together
Wouldn't it be nice if we could wake up
In the morning when the day is new
And after having spent the day together
Hold each other close the whole night through
Happy times together we've been spending
I wish that every kiss was never ending
Wouldn't it be nice?
Maybe if we think and wish and hope and pray
It might come true
Baby then there wouldn't be a single thing we couldn't do
We could be married
And then we'd be happy
Wouldn't it be nice?
You know it seems the more we talk about it
It only makes it worse to live without it
But let's talk about it
Wouldn't it be nice?
Letra
Não Seria Legal?
Não seria legal se nós fossemos mais velhos?
Então nós não teríamos que esperar tanto
E não seria legal se vivêssemos juntos
Em algum tipo de mundo em que nós pertencemos
Você sabe que vai ser muito melhor
Quando pudermos dizer "boa noite" e ficar juntos
Não seria legal se pudéssemos acordar
Na manhã de um dia novinho em folha
E depois de termos passado o dia juntos
Ficaríamos abraçados a noite inteira?
Tempos felizes temos passado juntos
Eu queria que todo beijo fosse interminável
Não seria legal?
Talvez se pensarmos, desejarmos, esperarmos e rezarmos
Isso se torne realidade
Então baby não teria nada que não conseguiríamos fazer
Nós poderíamos casar
E então seríamos felizes
Não seria legal?
Você sabe que quanto mais conversamos
Pior fica viver sem você
Mas vamos conversar
Não seria legal?
Há exatos dois anos, perdíamos um dos expoentes do Rock e do Metal, o grande Ronnie James Dio, deixando assim, aberta uma grande lacuna que jamais será fechada.
A
13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um
pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho
de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria - Fátima
– Portugal.
Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e
Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos.
Por
volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como
habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de
pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De
repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago,
decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão
iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira
(onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma
'Senhora mais brilhante que o sol', de cujas mãos pendia um
terço branco.
A Senhora disse aos três
pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a
voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos,
no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e
nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a
aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a
aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500
metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças
tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de
Ourém.
Na última aparição, a 13 de
Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora
disse-lhes que era a 'Senhora do Rosário' e que fizessem ali
uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os
presentes observaram o milagre prometido às três
crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um
disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si
mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na
terra.
Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa
Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de
Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de
Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de
Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados
(rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário,
confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação
dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de
Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo
Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora
o anunciara em 13 de Julho de 1917, na parte já revelada do
chamado 'Segredo de Fátima'.
Anos mais tarde, a Ir.
Lúcia conta ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, tinha
aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas
na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da
casa de Lúcia, convidando-os à oração e
penitência.
Desde 1917, não mais cessaram de ir à
Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo,
primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias
de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e
no dia-a-dia, num montante anual de quatro milhões.