sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Aniversário bissexto

Acho que a culpa é dos cientistas, se é que temos que culpar alguém. Graças a uma estratégia matemática para dar uma finalidade as 5 horas, 48 minutos e 47,5 segundos que sobram a cada ano solar, foi criado o ano bissexto. Com isso, o mês de fevereiro ganha um dia a mais a cada 4 anos. Nasceu assim, o dia 29 de fevereiro. Dessa forma, criou-se também um problema para quem nasceu neste dia tão peculiar. O problema é, que estas pessoas só comemoram o seu aniversário na data certa, a cada 4 anos. Antigamente, os pais que tinham filhos nascidos nesse dia, os registravam um dia antes ou um depois. Eles passavam aos olhos da lei, a existirem como cidadãos nascidos no dia 28 de fevereiro ou no dia 1.º de março. Mas, a partir de 1992, quando passou a ser exigida a "declaração de nascido vivo" para o registro das crianças, não é mais possível a utilização desse artifício. Isso significa que hoje é dia de bolo e velinhas para muita gente. É bom comemorar muito, pois a próxima festa de aniversário só ocorrerá na data oficial, daqui a outros 4 anos. Isso deve mexer com a cabeça e a imaginação dessas pessoas. Colocando a nossa imaginação para trabalhar, podemos elencar algumas vantagens para elas. Dividindo a idade por 4, alguém pode dizer sempre, que é o "caçula" da família, apesar de ser o filho mais velho. Ou fazer a festa de 15 anos para as meninas, aos 60 anos de vida, com mais experiências e mais histórias para contar. Parabéns a vocês, amigos bissextos! Feliz aniversário! Aproveitem, pois esse "dia extra" é de vocês!
29/02/2008
13h 55min

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O que a saudade faz...

A cidade onde eu quero estar, não é essa
As pessoas que eu quero ouvir, não são estas
Os sentimentos que eu quero ter, não são lembranças
Quero abrir os olhos e ter a tua presença
Pegar a tua mão e ter esperanças
Quero esticar o braço e ter você comigo
Não quero ter a distância como castigo
Quero nós dois juntos
A salvo de tudo
Livres da solidão, da saudade, do perigo
Quero encontrar no teu ombro, a minha casa, o meu refúgio, o meu abrigo
Quero ser teu homem, teu amante, teu amigo
Feche os olhos
Respire fundo
Deixe de lado o mundo
Sorriso aberto
Local incerto
Somos só nós dois
Vem comigo...

O sol passou pela cidade...

Cirque du Soleil

O sol passou pela cidade...

Sim, o sol se fez presente na cidade. Um sol diferente e tão belo como o nosso astro rei. Este, porém, repleto de outros astros brilhantes, compostos das mais variadas nuances de luzes, sombras, sons e músicas. O seu rosto resplandecente foi propositalmente oculto por máscaras das mais delirantes fisionomias que insistiam em se mostrar livremente e nos encarar. Durante o solstício, nos vendo do alto, emprestou o seu brilho à criaturas em forma de menestréis, acrobatas, contorcionistas e palhaços, que orbitaram às custas de músculos, força, equilíbrio, graça e beleza. Por algum tempo, ficamos mirando este espetáculo e, nem o seu ocaso nos deixou tristes. Olhemos novamente para o horizonte e esperemos uma nova visita deste astro brilhante em forma de circo, à cidade.
09/10/2007
19h
* Sobre a temporada do Cirque du Soleil em Curitiba, em outubro de 2007.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Tempos "modernos"

Outro dia, em uma conversa com amigos, um deles me perguntou o que eu achava de nosso sistema de ensino. Segundo ele, nossos filhos não estão sendo preparados para o futuro, nem para que tenham condições de terem uma carreira profissional de nível, nem para serem pessoas de responsabilidade, corretas e dignas.
Penso que esta é apenas uma das muitas facetas deste mundo "pasteurizado" com o qual estamos sendo obrigados a conviver. Ao mesmo tempo em que jamais tivemos ao alcance das mãos tanta tecnologia em todas as áreas, como comunicação, transportes, entretenimento, entre outros, convivemos com a degradação moral, do caráter, das responsabilidades sociais e a quase total falta de sentimentos básicos de civilidade e de humanidade. É o mundo das famílias falidas, separadas, destruídas, que não dão nenhuma base a seus filhos.
O nosso sistema de ensino particular serve apenas aos interesses econômicos dos donos de escolas, cursinhos, faculdades e demais instituições que se dizem "educadoras". O ensino público, que outrora foi o berço de muitas personalidades e até de governantes, hoje é um reduto de professores mal pagos, decepcionados, em conflito consigo mesmo e de alunos que desenvolvem acima de qualquer matéria exata ou humana, a habilidade de serem desumanos, através de brigas, agressões a colegas, bandidagem e marginalidade. Recordo saudoso e triste, de algo que em minha infância era considerado lei natural e indubitável e que hoje é totalmente ignorado pelas nossas crianças e jovens: os nossos pais, as pessoas mais velhas e os professores eram “autoridades” a quem tínhamos o dever e o prazer de ouvir e respeitar. Do outro lado, eles tinham consigo o dever moral de serem, e comumente eram, modelos de sabedoria, conduta reta e impecável para serem exemplos para seus filhos, alunos e pupilos. Atualmente esta realidade mudou. Os mestres, em sua grande maioria apenas cumprem o seu horário de trabalho, a espera de seu parco salário no final do mês. A preocupação de ensinar, de abrir caminhos, foi substituída pelo medo de serem agredidos moral e fisicamente pelos mesmos jovens que antigamente estavam ali para receber ensinamentos, para aprender. O mundo mudou! Os nossos filhos sabem tudo de Internet, música eletrônica, "baladas", tênis, calças e bonés da moda, porém são um zero a esquerda em educação, preparação para a vida e até mesmo em respeito aos próprios pais. Eu sinceramente, temo pelo futuro que a nossa sociedade terá, onde o que importa é o "ter" e não o "ser". Rogo de verdade, que não seja preciso uma repetição de "Sodoma e Gomorra", com a destruição e o extermínio de uma raça falida ética e moralmente, neste nosso tempo, nesta nossa época, neste nosso mundo “tão moderno e evoluído”! Que Deus nos ajude!

Jefferson Dieckmann