segunda-feira, 27 de julho de 2009

Apagada magia...

Já não falo mais
Penso, as vezes
Sinto, um pouco
Reflito, muito
Imagino, demais
Arrependimento...
Tristeza...
Incerteza...
Apagada magia
Tua imagem já some
Da minha mente
Vida amarga...
Sem prazer,
Como meu pensamento
Moroso,
Como meu sentimento
Escabroso,
Como meu arrependimento
As palavras já faltam
Os versos rareiam
As sílabas se arrastam
Quase tudo acabando
Quase tudo se apagando
Também a poesia...

25/07/2009
20h 05min

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O astro menino

Ele levou a vida de uma forma diferente dos outros mortais. Desde pequeno, demonstrou talento diferenciado para a música e para a dança. Fez sucesso nos cinco continentes e conquistou fãs ao redor do mundo. Apesar do tempo passar e torna-lo adulto, recusava-se a envelhecer. Queria, insistentemente, continuar criança. E, fez de tudo para isso. Morou na Terra do Nunca, teve seu zoológico e parque de diversões particulares e se cercou delas, as crianças.
Suas apresentações aglomeravam milhares de pessoas, sempre. A histeria e a alegria de seus súditos sempre foi contagiante. Há poucos dias, recebemos a noticia de sua morte. Ao redor do globo, muitos se sentiram órfãos, viúvas e desamparados. Podemos dizer que a comoção tomou conta do planeta, sem medo de errar. Aquele que lotou estádios e ginásios em vida, o fez também na morte. Milhões de pessoas, de todos os países, disputaram pela Internet, um ingresso para participar, ao vivo, do espetáculo de sua despedida em Los Angeles. Os que foram sorteados, foram ao delírio. Todos os cuidados foram tomados para o controle de acesso ao ginásio, onde se daria o adeus ao ídolo. Não bastava ter o ingresso, mas era necessário ter presa ao pulso, uma pulseira de identificação que credenciava a entrada no local. As ruas em volta, o trânsito e a cidade praticamente pararam. Aquele que reinou absoluto nos palcos em vida, estava ali em frente ao mesmo, dentro de um esquife dourado. A família, músicos, cantores, atores, jogadores de basquete e os seus súditos estavam ali por ele e para ele. Aqueles que não puderam estar presentes, assistiram a tudo em telões espalhados ao redor do mundo. No local, emoção em alta, música no palco e lágrimas nos milhares de olhos mais do que abertos. Clima de tristeza e comoção mundial, por mais incrível que possa parecer. O astro, o ídolo se foi para nunca mais voltar. Mas, não deve ser verdade! Eu, como não o vi depois de morto, ainda acredito que tudo seja mais uma peraltice do astro menino. Quando menos se esperar, ele reaparece. E, com seus passos leves e o sorriso aberto, vai convidar a todos para tentar dançar o moonwalk...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Simplicidade

Alegria quase infantil, é a sentida pelo velho agricultor. Já com idade avançada, ainda cuida da terra, de sol a sol. E, termina os dias sorrindo, feliz ao ver o crescimento de seus pés de alface...